Por Tito Martino
Julho 2004

No início deste século 21 vemos a Cultura como um todo sendo subjugada pela globalização da Economia; e a Arte sendo nivelada por baixo, para facilitar o consumo e ampliar o comercio. E a maior parte dos meios de divulgação de massa endossando o processo. São os tempos da musica popular descartável, da banalidade indecente dos “reality-shows” e da aberração dos DJ substituindo as orquestras.

A palavra JAZZ, hoje, não significa mais nada. Foi tão abusada em sua aplicação e tão violentada em seu conteúdo cultural que perdeu todo sentido e adquiriu uma conotação principalmente comercial. Pois hoje existe a dança (ou ginástica?) Jazz, o perfume Jazz, um modelo de automóvel Jazz, sem falar no Jazz-Pop, Jazz-Funk, Jazz-Rock, Jazz-Rap, Jazz-Country, Jazz-Bossa e tudo mais que puder vender melhor com a etiqueta “Jazz”… Puro comércio. Mas então cabe perguntar: e a música JAZZ? O que é hoje? De onde veio? Que é feito da cultura do JAZZ? Para responder essas perguntas, o músico erudito e também pistonista de Jazz Winton Marsalis apresentou recentemente um programa televisado onde explicou as Raízes do JAZZ original. Trinta anos antes o maestro Leonard Bernstein já havia feito o mesmo em disco. Também recentemente foi apresentada na televisão a série de 12 programas “JAZZ”, do diretor norte-americano Ken Burns. 

Na mesma linha destes precedentes, o TITO MARTINO JAZZ BAND tem o mesmo objetivo: apresentar às pessoas cultas o JAZZ, inspirado nas fontes originais, como é tocado HOJE por alguns jazzistas paulistanos com carreira internacional, para entretenimento, apreciação artística e para ajudar a preservar a Cultura do JAZZ.

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O ato criativo puro é algo misterioso que transcende a condição humana. No Jazz Autentico quase tudo que é tocado é improvisado; portanto é criado no momento, mas sem nunca perder de vista as verdadeiras Raízes do Jazz: os blues, os spirituals, os ragtimes, as canções folclóricas européias e latino-americanas, e o ritmo envolvente dos tambores africanos. O Jazz autentico liga fraternalmente raízes musicais Africanas e Européias; e assim como no Xadrez, partindo de regras tradicionais, pode construir variantes novas e criativas. É um trabalho de Equipe que requer talento, respeito, conhecimento e disciplina. O JAZZ autentico encerra, como toda música, a dualidade do Apolíneo e do Dionisíaco ( o ideal do Belo e o ideal do Prazer) mas, na sua comparativa simplicidade, realiza cada vez que é recriado, uma Alquimia meio mágica, que transforma tanto o intérprete como o ouvinte.

Estes são os tesouros do JAZZ que o TITO MARTINO JAZZ BAND oferece a você HOJE.

Tito Martino – julho 2004